Imagino eu que o começo da civilização tenha sido uma bagunça.
Quando falo “bagunça”, entenda-se como desordem em relação ao que temos hoje
(não que hoje haja uma ordem ideal de sociedade, muito menos o melhor modelo).
Penso: seres humanos se conhecendo, conhecendo matéria e formas de vida. Línguas,
símbolos, escritas...um mundo de formas na tentativa de comunicação.
Mas como um mundo com terras sem dono, houve disputa. Disputa por
espaço, por um canto para estacionar a família ou até mesmo o bando.
Bando: grupo de pessoas vinculadas. Quantidade de pessoas ou
animais. Ajuntamento desorganizado de pessoas.
Sim, as pessoas já viveram em bandos, distintos e distantes, que
lutavam por uma caverna. Comiam o que tinham. E tinha muito. Frutas, verduras,
animais. A sobrevivência era na raça, não tinha enlatados e nem fast food.
Agora vamos voltar os olhos aos
tempos atuais. As linguagens se aperfeiçoaram. As falas, os símbolos, as
figuras, a escrita. Está tudo mais bonito e organizado. Mas continuamos em bando.
O bando de antes nada mais é do que a sociedade de hoje difundida. O número de
pessoas cresceu, a quantidade de terras se fez menor e a vivência ficou
difícil.
Difícil não por causa da briga
pelas terras, mas pela diferença das pessoas. O tipo de criação que obteve cada
uma delas, a crença, os gostos pessoais e as ideias. A disputa mudou de rumo e
de razão. E não há razão! As terras já não são mais problema. O espaço agora é
dividido por uma coisa que criaram, chamada justiça. Formaram-se as leis para a
organização e orientação da sociedade, a fim de evitar conflitos. Respeitam-se
as leis, faça-se a justiça, ou será punido.
Até parece que as coisas estão no
rumo certo para uma sociedade utópica. Mas existe uma nova ferramenta capaz de
mudar tudo. Absolutamente tudo. Qualquer coisa que se possa imaginar. Ninguém
mais planta ou cria animais para o consumo. Inventaram o DINHEIRO. E é
justamente aí que começa a GUERRA. Calma, não pense que eu estou aqui de forma
a desvalorizar a criação da moeda ou mesmo apoiando o comunismo e destruindo em
forma de palavras o capitalismo.
O intuito deste texto é fazer o
leitor refletir em detalhes o pensamento retrógado e inadmissível de quem
explode bombas, a própria decisão do ser humano. Sua capacidade de tomar uma
atitude que afeta o outro e o gosto por isso. De forma aberta, como quem vê
tudo de longe e não se envolve em nada. O dinheiro tudo compra. Por isso é a
coisa mais cobiçada da sociedade. E é aí que mora o perigo.
Voltemos ao começo da humanidade
e lembramos que havia uma briga por terras, por um espaço para se alojar. Este
conflito existe ainda hoje, mas por espaço para se explorar. Pelos minérios, as
riquezas de cada lugar, que trás a quem tem esta riqueza o...dinheiro, que é
transformado em mais riqueza e status, que é o ápice. Para consegui-lo,
administradores de nações (sejam eles presidentes, reis, ministros ou outros)
invadem terras que não lhes pertencem perante a lei (aquela que os próprios
criaram). Dividiram-se os espaços em blocos e agora o sujeito que manda no
bloco A quer invadir o bloco B, usando homens que muitas vezes não concordam com
a própria ação que executa.
A guerra é o começo do fim
picada. E o dinheiro é o combustível, o responsável. A vontade pelo poder (ego,
vaidade) vem logo em seguida, alimentando o calor da violência contra
terceiros. Desta forma, a nova sociedade, intelectual, criadora, tecnológica,
volta aos moldes do início da civilização, mas com novas armas, poderosas como
eles querem ser. Criaram-se as pistolas, os canhões, as bombas. O objetivo é
destruir alguém, alguém como ele mesmo, por busca de riqueza. Mas há também uma
guerra mais nojenta, fútil e sem razão, mas que devasta tanto quanto a outra.
Ou pior, porque mexe não só com o que podemos tocar, o físico, mas a moral, os
costumes, as crenças. E são esses itens a razão da própria guerra (sim, olha
onde chegamos). Lá no meio do texto destaquei que o atual problema da
humanidade é justamente as diferenças. E chegamos ao ponto de as diferenças
serem problema. A religião.
Religião: “Religião vem do latim
¨religare¨, tem o siginificado de religação. Essa religação se refere entre uma
nova ligação entre o homem e Deus”.
O texto pode parecer confuso. Ou
você pode estar pensando que eu sou um louco. Mas aposto que ele instiga para
uma reflexão sobre a guerra com detalhe. Sobre o que é, porque existe e a
ignorância que é uma guerra, um conflito entre seres iguais. Isso é uma
chamada. Reflita conforme a sua opinião e tire conclusões. Afinal, a opinião
tem poder!

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